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Apresentação do mundo aos bebês

Você já parou para pensar que quando um bebê chega ao mundo tudo é absolutamente novo para ele? Literalmente. A luz, a temperatura, os sons, o toque, os cheiros, as pessoas, os objetos, o dia e a noite, os lugares, são todas vivências e percepções inéditas ao seu imaturo corpinho e seu imaturo psiquismo.

Assim, logo vem a pergunta. Como está sendo feita essa apresentação do mundo ao bebê? De que forma está sendo introduzida essa realidade? Com pressa e sem muita paciência? Com ansiedade, medo e receio? Com agressividade? De forma confusa, sem constância e sem explicações e nomeações? Ou de forma leve, segura e apoiadora? De forma aberta, clara e tranquilizadora?

Pense na seguinte situação. Você está em um trabalho novo. Chegando pela primeira vez naquele ambiente. Nunca viu aquelas pessoas, nem exerceu aquela função. Dá um frio na barriga, né? Isso que você sabe previamente, de uma maneira geral, como é aquela empresa e o que se faz ali. Sabe também de uma forma mais ampla e abstrata o que é um trabalho e como se dão as relações dentro dele. Consegue ter uma ideia do que se faz naquela função e o que esperam de você. Agora, imagine quem vai acompanhar você nesses primeiros dias. Vamos pensar que é uma pessoa atenciosa, aberta, que te explica e te deixa à vontade para perguntar, errar e tentar quantas vezes for necessário. É uma pessoa que vai te orientar, te passando segurança e confiança, até você conseguir por conta própria se virar.

Que sonho, hein?

Essa é uma situação hipotética na qual, mesmo sendo nova, é possível vivê-la de forma mais tranquila, pois você sabe que terá tempo para aprender, sem a ameaça de ser mandado embora, não é mesmo? Muito diferente de chegar nesse mesmo lugar e ter um chefe grosso, apressado, que não explica nada e ainda cobra de você resultados, que você nem sabia que existiam! Ou talvez pior, simplesmente te colocam naquela situação sozinho, e você fica à deriva, sem saber para onde ir, pois ninguém te explicou o que deve ser feito! Já pensou?

Se, para um adulto, que já passou por inúmeras situações ao longo da sua vida, que já tem domínio de certos conceitos abstratos, ao passar por uma situação nova ainda aparece algum nível de ansiedade, imagine para um bebê que nunca passou por nada disso!

As pequenas coisas para ele são absolutamente novas, portanto, a surpresa e a ansiedade são potencializadas. Não nos damos conta, mas, coisas triviais do nosso dia a dia são enormes descobertas para os bebês!

Por isso, a forma como os adultos de referência apresentam o mundo ao bebê costuma dar o tom para suas vivências futuras. É como se desse uma trilha sonora para sua biografia. Há adultos que a cada novidade em suas vidas são desencadeados sentimentos de angústia, medo, desesperança, pessimismo, tornando sua existência uma sucessão de estresses e desgastes, muitas vezes desnecessários. Parece que estão num filme de terror ou suspense. Quantas pessoas já se disseram “ufa, sofri por antecipação! Nem precisava sofrer tanto”.

Logo, o que quero propor é que devemos pensar sobre como estamos apresentando as coisas desse vasto mundão para os nossos bebês!

Certamente existem formas mais acolhedoras de se fazer isso. Com zelo, cuidado e amor é possível tornar as novas experiências dos bebês em ricas fontes de aprendizado e interação.

É preciso tempo e repetições para se sentir familiarizado com alguma situação. O bebê mais do que ninguém necessita desse tempo e de repetidas experiências para se ambientar com o que lhe é apresentado. Se temos isso em mente, nos colocamos em uma posição muito mais sensível ao expor o bebê a novas situações!

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