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Insight na Psicoterapia


A Psicoterapia de Orientação Psicanalítica tem como um dos seus principais objetivos a obtenção do insight por parte do paciente. Mas o que isso quer dizer?​

O termo insight não possui um equivalente na língua portuguesa, mas costuma ser traduzido como “uma compreensão interna, uma visão súbita”, como se fosse uma “capacidade de entender as verdades escondidas”. Desta forma, o insight dentro da Psicoterapia Psicanalítica seria a capacidade do paciente conseguir discernir a verdade mais íntima de suas próprias condutas, de seus próprios sentimentos e pensamentos.

E como isso acontece?

O processo psicoterapêutico permite que o paciente entre em contato com sua história, com seu íntimo e com suas motivações inconscientes para que, pouco a pouco, seja conduzido a identificar certos padrões em sua vida. Reconhecer esses padrões é essencial para ir em direção a uma compreensão maior e, por conseguinte, a uma profunda mudança. Por mais incompreensível que possa parecer à primeira vista, aos poucos, é possível alcançar um entendimento mais amplo acerca de si mesmo, da própria personalidade e dos acontecimentos à sua volta.

Por que algumas situações acionam medo, ansiedade e tristeza e acabam me paralisando? Por que reajo de forma explosiva ou então, ao contrário, guardo tudo quando alguém me magoa? Por que acabo tendo sempre os mesmos tipos de relacionamentos? Por que determinadas situações se repetem? Por que, mesmo sofrendo ou fazendo os outros sofrer, não consigo mudar algumas coisas em mim?

Questionamentos como esses são, muitas vezes, o ponto de partida que levam os pacientes até uma psicoterapia. O ambiente acolhedor, somado ao relacionamento com o terapeuta, livre de julgamentos e condenações, favorece que se vá conectando os pontos, preenchendo as lacunas e clareando os acontecimentos. A psicanálise neste sentido é um processo facilitador de insights.

Insight por si só não é sinônimo de cura. Porém, é através de um conjunto deles, que se pode compreender melhor os sentidos dos próprios atos, permitindo uma maior consciência acerca de si mesmo e compreendendo as próprias atitudes, sensações e emoções frente à própria realidade externa, de uma forma mais ampla e livre de distorções. É a possibilidade de compreender as experiências vividas até então.

Para tanto, é preciso tempo, vontade e disposição. Mas vale a pena! Conhecer-se desta forma permite uma postura mais ativa, consciente e autônoma perante a vida, pois, como diria o famoso psicólogo Carl Rogers, “Curioso paradoxo: quando me aceito como sou, posso então mudar!”. Ou seja, quando você se conhece e percebe quem é de verdade (sem sentir seu “eu” perdido em meio aos outros), com todas as suas potencialidades e ciente da forma como participa nos eventos à sua volta, então, você pode mudar!

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