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Psicoterapia na Gravidez - Quando é Preciso?


A gravidez é um período muito especial na vida de um casal. Contudo, essa nova empreitada acarretará grandes transformações psíquicas e emocionais de ambos os pais. Por isso, se deve estar atento à necessidade de cada um para a Psicoterapia. As transições e reajustamentos serão exigidos aos dois, portanto, tanto o pai quanto a mãe poderão se beneficiar desse espaço.

Mas quando se deve buscar uma Psicoterapia? Em que ela poderá ajudar?

Existem alguns pontos relevantes para se levantar quando se pensa na necessidade de uma Psicoterapia.

Muita coisa, pouco tempo

A gravidez é um momento singular para toda a família, mas em especial para os futuros pais, pois deles serão exigidas grandes transformações em curto espaço de tempo. Entre muitas outras urgências, eles terão os nove meses (às vezes menos) para: organizar a situação financeira da família; acomodar o espaço físico da casa; pensar como será a mudança de papeis (de marido e mulher, para pai e mãe); estabelecer a rede de apoio; pensar em como será a relação do casal com a família estendida e com amigos; falar sobre as necessidades de transição no trabalho de cada um...

São grandes e significativas tarefas a se fazer, não? Mas tem mais.

Todas essas exigências são, ainda, permeadas por nossa cultura que atribui importante valor ao papel maternal, que contribui para aumentar as dúvidas e os anseios diante dessa jornada.

Apesar de a gente saber que ninguém nasce sabendo, em muitos momentos se exige que as futuras mães saibam imediatamente se posicionar diante a qualquer obstáculo.

Questionar as imposições da cultura é quase um sacrilégio. Por isso, muitas mães se fecham em suas incertezas, tendo temor de falar sobre certos assuntos, com medo de rechaço, como amamentação, forma do parto, cuidados com o bebê, etc.

Mas, mais do que ter que lidar com as questões práticas que o momento atual estará exigindo, o passado mais do que nunca estará se fazendo presente. É algo inevitável, acontecendo com todos os pais. Isso porque as próprias experiências vividas como bebê e filho estarão sendo rememoradas, influenciando diretamente suas formas de maternar/paternar. Essas memórias, mesmo que inconscientes, estarão afetando as emoções do casal e seus relacionamentos.

As vivências, sendo elas boas ou ruins, estão inscritas na mente de cada um dos pais, afetando no processo de construção de suas identidades como pai e mãe. É importante que os pais possam fazer o movimento de pensar e repensar sobre suas experiências passadas, questionar, refletir, para que essa nova jornada seja vivida da forma mais plena e consciente possível.

Por mais que se tente em alguns momentos fazer o oposto do que se viveu na infância, muitos pais tendem a repetir certos padrões de criação, de forma completamente inconsciente. Conseguir perceber essas repetições, além de enxergar o filho como uma nova pessoa, e não apenas como uma projeção de suas próprias personalidades e de suas idealizações, são passos fundamentais para traçar a própria história como pais e como uma nova família.

O casal será herdeiro de muitas tradições, regras e ensinamentos, vindas de cada uma das suas famílias de origem, porém, terão autonomia para escolher o que é melhor para a nova que está se criando. Muitos conflitos iniciam com essas negociações, já que muitas vezes não se conseguem chegar a um acordo.

Por mais que a gravidez tenha sido planejada, o período é naturalmente carregado de sentimentos ambivalentes por parte dos pais. Porque, apesar do notável desejo de ter um filho, há também uma grande expectativa de como serão as mudanças em suas vidas, tanto de cada um dos pais individualmente, enquanto deles como casal.

Abrir a comunicação para que ambos possam falar sobre seus medos, seus anseios e suas fantasias, fortalecerá o vínculo entre o casal e com o bebê, contribuindo para que estejam emocionalmente disponíveis para a chegada dessa nova pessoa ao mundo. Pais atentos às suas próprias questões emocionais estarão mais sensíveis para perceber as necessidades de seu bebê.

O espaço psíquico e emocional dos pais para receber um filho é algo que pode ser construído. Ninguém nasce sabendo o que e como fazer. Mas, como foi visto, se tornar pai e mãe envolve tantos aspectos que, sem dúvidas, uma Psicoterapia poderá ajudar na construção de um espaço suficientemente bom para esse incrível processo que é a maternidade e a paternidade. É preciso esforço e vontade, mas é possível construir relações saudáveis e de qualidade.

Também, por mais que se tenha sonhado a vida inteira em se ter um bebê, nada vivido até então prepara os pais para esse momento. Por mais que se idealize a gravidez, ela nunca acontece de forma "rendondinha" e linear. Sempre terá seus percalços.

Durante a Psicoterapia os pais poderão abordar esses temas em profundidade com seu Psicólogo (a), permitindo que encontrem caminhos que os deixarão mais tranquilos e focados naquilo que é preciso nesse momento: com os cuidados do bebê.

Para um desenvolvimento sadio do bebê, os cuidados devem começar pelos pais! Pense nisso.

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